Eu já sabia

Eu sei que tô devendo aqui no blog, prometo que vou me esforçar para voltar a atualizar just me, myself and all the world in words sempre, ainda mais depois de ver que tenho em média 800 visitas mensais. Obrigada pela paciência e pela audiência.
A pauta de hoje é sobre esse vídeo que achei no youtube. Ele fala de um teste feito pela Universidade da Geórgia que atesta que os homofobicos têm tendências homossexuais. Achei bem bacana a maneira como eles fizeram à experiência. Dá uma olhada:

Eu sempre tive certeza que esse ódio que algumas pessoas nutrem por outras que mantêm relações homoafetivas tinha um motivo maior: odiar aquilo que eles sabem o que é e têm medo de ser. No fundo, não culpo essas pessoas, para alguns é muito complicado se descobrir gay e mais complicado ainda assumir o que se passa lá nas entranhas, Freud explica. Acho que mais do que crucificar é preciso encontrar a raiz do problema: criação rígida, pré-conceito adquirido dentro de casa ou mesmo, algum tipo de abuso que a pessoa possa ter sofrido. Como sempre digo a educação é a solução para muitas coisas, inclusive a homofobia. Acredito que isso irá diminuir cada vez mais dentro das próximas gerações, pode parecer uma ideologia distante ou um sonho bem tendencioso, mas acho que um dia ainda vamos viver em um planeta com direitos iguais para todos e muita paz e amor. Think about and try to be part of.

Abaixo a homofobia

Hoje assisti um vídeo genial e precisava vir aqui compartilhar com vocês. Fuck You é uma música que a Lily Allen gravou para afrontar o então presidente americano George W Bush. Uma galerinha usou a música para fazer um protesto bem humorado contra a homofobia e fez um clipe com montagens de pessoas que não se conhecem, mas protestam pela mesma coisa: o fim do preconceito! Essa versão é legendada e pra quem não entende inglês muito bem, dá pra pegar o espírito da coisa.

Ou seja, foda-se você que não respeita o nosso modo de vida. Ok, sei que é brega, mas me veio a cabeça esse chavão: “Consideramos justa toda forma de amor”, né não?

A privada química do meu Outlook:

ATÉ os gays da Parada Gay

Nunca pensei em ter um blog voltado para esse lado GLBTS, mas ultimamente só tenho escrito sobre isso. Não é proposital, mas esse assunto está em alta nos últimos tempos. Hoje recebi um release um tanto infeliz de uma assessora de imprensa – não que isso seja novidade – mas a maneira a que ela se refere à parada gay é um tanto quanto preconceituosa.

A XYZ foi a primeira empresa a oferecer este serviço no Brasil, em 1992, e agora, foi a empresa escolhida para realizar a árdua tarefa de disponibilizar seus sanitários portáteis aos públicos mais diferenciados. São pessoas de alto nível cultural apreciadoras da voz do tenor Andrea Bocelli, amantes de rock, aficcionados por shows internacionais, loucos por artistas nacionais sertanejos, axé ou românticos, aventureiros participantes da Virada Cultural, esportistas adoradores de maratonas, até os gays da Parada Gay e os super cristãos que irão à Marcha Para Jesus. Milhões de pessoas se deslocam de diversas partes do país para estes eventos.

O benefício para a cidade é grande. Já pensou se não houvessem banheiros químicos? Dependendo do tipo de público, o uso é diferenciado. Ficam mais ou menos sujos dependendo do jeito que a pessoa usa. Existe limpeza constante, mas nada mais difícil do que realizar a limpeza de 900 banheiros sendo constantemente sujos, ou seja, usados de maneira errada. Resta ver como serão os próximos eventos”.

Agora vamos por partes:

1- Só pessoas de alto nível cultural conhecem Andrea Bocelli

2- O público da Virada Cultural é formado por aventureiros

3- Até os Gays da Parada Gay. ATÉ, claro, né? Afinal, a empresa dela está fazendo um favor para a Parada Gay, prestando serviços sociais gratuitos aos gays que vão a parada gay e dando esse luxo – completamente supérfluo – para o maior evento GLBTS do planeta. É o que dá a entender com a expressão: árdua tarefa, como se a prefeitura de São Paulo não estivesse pagando por esse serviço. Imagem a árdua tarefa das pessoas encarregadas de limpar as fossas na Índia sem nenhuma remuneração.

4- Quanto a Marcha para Jesus, esse super soa como um bando de fanáticos que ocupam a Paulista. Obvio que eles vêem depois ATÉ dos gays.

5- Os banheiros ficam mais ou menos sujos dependendo da forma como a pessoa usa, ou seja, na Virada Cultural ficam imundos por culpa dos aventureiros, na Parada Gay ATÉ os gays sujam o banheiro e na Marcha para Jesus e no show do Bocelli eles ficam limpos como se fossem os banheiros da sua própria casa, afinal, esse último público é temente a Deus e tem alto nível cultural – devem saber como usar um banheiro químico sem sujar.

Acho que além do preconceito, essa querida colega de trabalho, empregou os adjetivos e advérbios errados nos locais importunos. Mas não é demais receber um release desses em plena sexta-feira? Enfim, vamos ver qual a situação dos banheiros químicos ao final da Parada GLBTS, e aí debatemos se ATÉ os gays da Parada Gay sabem usar os banheiros fornecidos “gratuitamente” por essa empresa.

“Do Começo ao Fim”

Hoje assisti uma das coisas mais incríveis que poderia ver. Depois de BrokeBack Mountain que trata do amor – amor mesmo – entre dois cawboys, machos, MUITO machos, que montam cavalos, matam cordeiros para comer e tomam banho em rios gelados. Depois de um filme que desmistifica as relações homossexuais como algo extremamente carnal, volúvel e promiscuo, tirando o estereotipo de que para ser gay é necessário ser afeminado, afetado, se travestir e fazer uma cirurgia para mudar de sexo ou, no caso das mulheres, ser caminhoneira, não fazer depilação e coçar o saco, o filme acaba com o “personagem” atribuído a comunidade GLS. Achei que esse filme seria um dos ápices de representação cultural dessa temática no cinema (é claro que não entrando no mérito do cinema “cult”), falo de filmes vendáveis.
Já tinha ouvido algo por alto da produção de um filme brasileiro que iria misturar incesto e homossexualidade. Pensei: “Nossa, vai ser uma bomba moralista. Criança assediada por seu padastro na favela do Rio de Janeiro, que mais tarde iria se perder nas drogas e se prostituir como travesti nas ruas da Lapa. Moral do filme: homossexualidade é doença geralmente transmitida por abuso sexual na infância, Freud explica”.  Para minha surpresa, ao retornar hoje do almoço, recebi um link para o trailer do filme: “Do Começo ao Fim”, carreguei no youtube e não consigo mais parar de pensar nisso. Como assim alguém vai ter coragem de lançar um filme que trata de incesto e homossexualidade como um romance, no Brasil, um país católico, berço do preconceito velado? Meu coração até disparou ao assistir o trailer, é tudo bonito, o filme é leve. Não tem nada de criança que sofreu abuso, molestada pelo irmão mais velho e sim um caso de puro amor. Amor fraternal, amor carnal, amor de sangue, todo tipo de amor formando um cenário tão encantador e surpreendente que faz perder o fôlego. Acho que o mais curioso foi tirar o ar de coisa do mal, coisa do diabo, o ar obscuro que paira em cima desses dois tabus da sociedade. Estou morrendo de medo de criar uma grande expectativa e o filme deixar a desejar, porém o trailer já vale por mil palavras. Vamos aguardar o filme e eu volto aqui para dizer o que achei.

REFLITAM…

Quem tá na fossa, levanta a mão?!

Imperador troca Mulher Moranguinho por Mulher Caviar

O Imerador dos Morangos e do Caviar

Aproveitando muito bem sua temporada no Rio de Janeiro, o jogador Adriano não quer saber de namoro sério. Segundo o jornal Meia Hora deste domingo (26), o jogador terminou seu relacionamento de menos de um mês com Ellen Cardoso, a Mulher Moranguinho. Também segundo o jornal, o Imperador já tem um novo affair com a dançarina Eliza Pereira, conhecida também por Mulher Caviar.

O fim do relacionamento entre o Imperador e Moranguinho aconteceu na quinta-feira (22), após o show de Ivo Meirelles em uma boate no Rio. Ainda segundo o jornal Meia Hora, o motivo de rompimento teria sido o ciúme do jogador que gerou uma briga entre o casal. No dia seguinte, Adriano encontrou a Mulher Caviar em um show do Belo e desde então estão se “conhecendo melhor”.

Tudo começou com uma fatídico domingo de plantão, eis que cai no meu colo essa incrível nota: Imperador troca Mulher Moranguinho por Mulher Caviar, não é demais pra uma cabeça só? Após isso rolou um almoço com um amigo aqui do trabalho e surgiu uma reflexão genial de domingo depressivo.
Começamos falando dessa onde de separações – não sei quanto ao seu ciclo de amizades, mas no meu TODO MUNDO está sofrendo de amor – uns terminaram namoro, outros o “ajuntamento” de trapos, alguns nem começaram e mesmo assim já sofrem, fora aquele casal perfeito que você apostava todas as fichas e terminam assim como quem compra uma bicicleta. A bruxa está à solta e salve-se quem puder. Não perdemos tempo analisando o relacionamento alheio não, começamos a analisar basicamente as nossas próprias reações com essa fase de coração partido geral.
Comecemos pela atitude geral: “Vamos levantar nossa auto-estima na balada!” Sacudir a poeira, comprar roupas novas, novo corte de cabelo e conhecer gente nova. Bebida, MUITA bebida para facilitar o contato e por fim, relembrar a arte do xaveco – aí que preguiça disso tudo. O remédio geral para não curtir a fossa, bebida, virar a noite na balada, deitar na cama já fechando os olhos e se afundar no trabalho. Essa é a única parte boa disso tudo: bora trabalhar muito e ganhar dinheiro.
Definida essa etapa, começamos a enumerar as baladas que freqüentamos. São Paulo é uma cidade com um milhão de opções para curtir a fossa. No âmbito GLS é a cidade que tem mais baladas, bares e afins. Neles você encontra todo tipo de gente, música e corte de cabelo. Um alivio para quem quer voltar a ativa e conhecer novas pessoas. Na sexta você pode ir ao Glória, a balada dos pseudo-mudernos. Lá tem menina tatuada do coro cabeludo até o último dedinho do pé, meninos vintage, a galera usando lenços e tudo que for tendência na modinha emo-patricinha-skate-chique-rebelde-hype e claro – a nova velha tendência – bigodinho do vovô. Toca de tudo, desde rock até funk – incluindo o creu. Aí você se acaba, se joga, pega as menininhas “estilosas”, volta pra casa oito da manhã e dorme o dia todo – pra esquecer que é sábado.
Vamos pra quebradeira do sábadão? Você pode escolher entre: Bubu Lounge, a balada das patricinhas pseudo-bolachas e dos gostosões de regata branca e tribal tatuada no braço – isso sem falar na correntinha de prata. Ainda nessa pegada balada-gls-vila-olimpia, tem a The Week com o mesmo desfile de caras bombados e as amigas heteros siliconadas. Caso isso não te apeteça muito, você pode ir ao Vegas e encontrar todo tipo de gente muderna. Pra finalizar temos a Tunnel, reduto dos miches, bate-cabelo insano e muita mulher feia por metro quadrado, tem todo tipo de caminhoneira e mulher barbada. Seguindo nessa linha bate-cabelo ainda temos a Cantho, a Danger e Blue Space. Sábado é dia pra ninguém botar defeito, não? Em qualquer uma dessas opções você vai – novamente – chegar em casa bêbado.
Aí chega o pior dia de todos, o domingo. Você tenta não sair da cama antes das quatro da tarde, levanta e toma um banho pra tirar o cheiro de cigarro do cabelo, almoça com um litro de coca pra aliviar a ressaca e volta pra cama. O domingo é o pior dia para alguém de coração partido, bate aquela deprê de “acabou o fim de semana”, o Faustão falando na tv, aquela vontade de dormir a tarde toda agarradinho com o ex. Quer um conselho? Dorme, esse é o melhor remédio. O programa do domingão é a festa Gambiarra. Reduto dos globais, da galera do teatro, da música e da comunicação. Toca de tudo, bebida barata e muita gente bonita, você se acaba. Pega um aqui, outro ali e quando vê já ta na hora de ir trabalhar.
Depois dessa listagem preconceituosa sobre as baladas, começamos a debater o medo de ficar sozinho. As relações são tão efêmeras, você conversa com alguém com o seguinte pensamento: será que tem alguém ainda mais interessante e eu to perdendo tempo aqui? Nessas você acaba não conhecendo ninguém, beija uma qualquer no auge da bebedeira e nem lembra de perguntar o nome. No meu caso, ainda faz o favor de dar o telefone para receber ligações no dia seguinte e não lembrar nem do nome e muito menos a cara da fulana que quer sair com você na sexta.
E assim vamos vivendo, tentando de qualquer maneira anestesiar a dor e não pensar no que perdemos e deixamos pra trás. Essa vida de baladas loucas dura uns três meses, até você gastar todo o seu dinheiro, acabar com o pulmão de tanto fumar, precisar de um transplante de fígado e envelhecer uns 10 anos por não dormir direito. Até que um belo dia você acorda com a luz no fim do túnel, tudo começa a ficar menos cinza, a saudade fica mais amena e você pensa: acabou, passou, valeu a pena, vamos em frente. O ritmo das baladas diminuem, você fica mais tranqüilo e a probabilidade de encontrar o que você procurou desesperadamente nos últimos três meses aumenta em cem por cento. E aí? Começa tudo de novo…
Bora curtir todo mundo a fossa de agora, fuder o fígado e a conta bancária, passar pela fase de desintoxicação e começar tudo de novo. Afinal, a vida é bela e nem todo mundo é Imperador para trocar o Morango pelo Caviar.

A Imagem, a fotografia e a televisão.

Vilém Flusser afirma em seu ensaio que a imagem é uma mensagem que parte do emissor para um receptor, essa procura é uma questão de transporte. Ao analisar três tipos de imagens: uma pintura rupestre, imagem que não pode ser transportada, uma quadro, que o pintor pode expor e torná-lo publico e, por fim, as imagens da tela de uma TV, o autor chega à conclusão de que o último tipo de emissão de imagem torna o homem um objeto, moldando seu comportamento e o seu poder de critica. Com a Revolução Cultural descrita no texto, o espaço público se torna superficial, já que não é preciso sair do espaço privado (a sala de casa), para se informar. O telespectador não vivencia mais as experiências, como no caso de se deslocar para um museu e apreciar uma obra de arte, ele apenas as consome pela televisão, sem precisar sair de sua casa.

Na aula do professor de foto Alexandre Huady, foi apreendido que a fotografia pode ser de certa forma uma imagem montada, mais uma vez tirando o poder de critica e moldando o comportamento de quem a consome. Ao fazer uma foto pode-se mudar seu ângulo para dar a impressão de movimento ou distanciamento, podemos regular o flash, maquiar o fotografado e até mesmo montar um cenário, manipulando o conteúdo da foto e caindo nas contradições citadas no texto, que levaram a filosofia e a religião a proibir o uso de imagens.

Uma foto é composta de símbolos e idéias, ao ser vinculada a um jornal, ainda temos outros elementos determinantes no sentido final da interpretação da imagem: a diagramação da página, a interpretação linear da imagem por meio de uma legenda, posicionamento da foto na página, cor e tipo da fonte utilizada. O homem é o único ser capaz de abstração, ou seja, capaz de imaginar e produzir algo de uma imagem fixada, uma fotografia não fica distante disso, pois é uma imagem fixada pelo click do fotografo, uma imagem que era privada e ao ser publicada em um jornal torna-se publica. Como já citado no texto por Vilém Flusser: “aquilo que é visto de maneira privada tem de ser publicado”, ou seja, para dar um tom de critica e legitimar a imagem, o seu emissor deve colocá-la na esfera publica.

Ao tentar estabelecer um paralelo entre o texto, a criação de uma foto e o momento em que vivemos com a criação e emissão da imagem é de que a mídia causa um excesso de imagens nos receptores, fazendo que as pessoas fiquem saturadas dessa grande quantidade de material e não tenha mais uma visão critica da imagem que recebe. Tanto pelo fato de não distinguir mais o que é bom do que é ruim, por não ter tempo de digerir a imagem, ou por outro lado, por tornar o receptor um objeto manipulável como citado no texto: “(…) as imagens assim produzidas não são quadros de orientação dignos de confiança”. O homem pós-industrial é moldado pela televisão, que suprime a necessidade de realmente vivenciar lugares, cheiros e sabores e também moldar o comportamento social, político e econômico da sociedade.

PS: Mistura de dois trabalho da faculdade. Sem tempo para nada, a Virgula está me consumindo!

Revolta Midiatica

AMAURY JR. É O NOVO ÂNCORA DO “JORNAL DA HEBE”

Quem vai assumir, na próxima segunda-feira, dia 16, dessa vez a bancada do “Jornal da Hebe”, junto com a apresentadora Hebe Camargo, será o apresentador e colunista social Amaury Jr.

Amaury vai participar do quadro que é apresentado noticias “esdrúxulas” e que muitas vezes se torna engraçadas de se transmitir.

O Programa Hebe vai ao ar nesta segunda-feira, dia 16, às 20 horas.

Sim, amigos! Recebi esse release HOJE! Parece difícil de acreditar, né? Mas recebo cada coisa, se eu for contar… Enfim, a questão é a seguinte: como concorremos com “colegas de profissão” que escrevem dessa maneira? Tudo bem, tudo bem, errar é humano e tal, mas errar assim? Parece mais um texto de provão do Enem. Acho um saco toda vez que os professores levam a discussão da obrigatoriedade do diploma para exercer a profissão de jornalista, acho que a discussão vai além disso. O problema é a qualidade das escolas de jornalismo que formam profissionais com MTB e que dão carteirada de imprensa por aí. Temos que reformular as faculdades de ensino superior no Brasil, qualquer uniesquina forma jornalistas, advogados, marketeiros e derivados. O problema repercute muito mais do que achamos que vá. Basta ligar a sua tela plana no Balanço Geral, do nosso querido colega Geraldo Luiz. Esses dias ao chegar à redação vi a seguinte manchete: “Saddam Husein está no Brasil!”, por favor, né? Sabe qual era a pauta? Um coitado que o pai deve ter copiado o nome do jornal e colocou na criança. O tal do Saddam que está no Brasil é um menino de 16 anos – o Saddam Husein da Silva. É mole? É desse tipo de profissional e desse tipo de mídia que estou falando. Não quero discutir aqui a semiótica da cultura brasileira que desacredita dos meios de punição e precisa de altar para expiar seus instintos. Acho que é muito simples justificar a nossa baboseira midiatica com esses estudos todos, mas vamos formar profissionais decentes amigos! É isso que falta, uma boa formação acadêmica e um pouco de sensatez de quem faz esse tipo de espetáculo. Podem até dizer que sou contra a liberdade de expressão e blá-blá-blá, mas acho sinceramente que deveríamos ter um órgão regulamentador mais rígido. Que punisse e proibisse esse tipo de veiculação. Olha que eu nem entrei no caso absurdo de uma apresentadora entrevistar ao vivo o seqüestrador da namorada. A retirada do programa do João Kleber do ar foi umas das decisões mais acertadas que eu já vi serem tomadas por aqui, o Teste de Fidelidade ia ao ar no horário em que as crianças estão assistindo televisão para deixar a mãe fazer o jantar em paz. Outro abuso é o programa da minha chara Luciana Gimenez, um dia desses estava mudando de canal e vi o seguinte BG: Mulher – alguma fruta, não sei qual – diz que ainda é virgem”. “Gente, pelo amor do bom senso… Enfim, bora ter uma formação boa, profissionais de qualidade, um órgão regulamentador a prova de suborno e quem sabe consigamos fazer valer o intuito da profissão de comunicador: prestar um serviço mostrando o que é de interesse público e não do público.

Geraldo Luiz - Balançando a inteligência do telespectador

Geraldo Luiz - Balançando a inteligência do telespectador

Por Larissa Drummond e Luciana Rabassallo

Na verdade, eu sempre soube que era homossexual. Não acho que seja uma questão de descoberta, você simplesmente sente. Há quem diga que isso não tem nada a ver, mas quando eu era criança, odiava usar vestido, só queria saber de jogar bola, andar de bicicleta e empinar pipa. Sempre tive muitos amigos homens e achava muito mais legal o que era de menino. Gostava de usar boné e colocar meião para jogar futebol.

Hoje eu sou bem menininha, adoro usar vestido e todas essas coisas, mas, na infância, eu odiava. Acho que já era um sinal! Eu nunca olhei para o lado e falei: “Hoje eu gosto de meninas”. São coisas que acontecem! No fundo, eu sentia que tinha uma relação com algumas amigas que não era apenas de amizade; mas, demorou um pouco para eu perceber.

Meninas
A partir do momento em que comecei a compreender meus sentimentos, comecei a aceitar. Nunca neguei, nem tive muitas crises, acho tudo isso uma perda de tempo; porém, eu notava que tinha um sentimento a mais, só não sabia que era além do fraternal.

Agora eu consigo entender que fui apaixonada por mulheres que conheci tempos atrás, mas nunca aconteceu nada, porque encarava apenas como uma amizade muito forte. Não eram amigas, porque eu separo muito bem o que é amiga do que é “mulher”. Acredito que fui correspondida muitas vezes, mas como não dava abertura, elas também não tomavam uma atitude.

Namorei dois caras. Meu primeiro namoro durou quase um ano e o segundo, dois. Depois de um tempo, eu percebi que os tratava como amigos. Não tinha uma paixão, um coração batendo mais forte, nada disso!

Existem muitas semelhanças e diferenças entre namorar pessoas do sexo masculino e do feminino. Mulher é legal porque o carinho, a atenção, os cuidados são maiores e existe todo aquele instinto maternal de dar bronca, de não deixar tomar chuva, nem andar descalça. O bom é que ainda dá para dividir o armário; mas, por outro lado, há cobranças e ciúmes da mesma forma.

Mas, calma! Eu não tenho uma visão terrível dos homens, não! Tenho certeza de que há muitos por aí superfofos e cuidadosos. Sorte das meninas que acharem o seu! São raros, mas existem, como meu ex-namorado.

Descoberta do amor
Abri os olhos para minha homossexualidade na época do meu primeiro namorado. Tínhamos um grupinho bem grande de amigos e, entre eles, estava uma menina chamada Marina*. Ela era mais velha, reservada, misteriosa e muito inteligente! Quando já estava com o meu segundo e último namorado, descobri que ela era muito próxima de uma amiga minha. Perfeito! Começamos a sair todos os fins de semana.

Quando chegou o carnaval, a galera estava organizando uma viagem e ela ligou para convidar o meu ex e eu. Resultado: ficamos três horas ao telefone! Ela passou a me telefonar todos os dias, até que eu percebi que eu não esperava meu namorado ligar. Quando ele ligava, era como se fosse um amigo perguntando se estava tudo bem e, quando ela ligava, o coração disparava, a cabeça rodava e ficávamos horas batendo papo.

Eu estava apaixonada! Não comia, não dormia, não estudava só pensando nela. Depois de muitos obstáculos, ficamos juntas por três meses, mas não deu certo. Envolvia muita gente e muitas coisas, ela estava numa fase muito complicada e tinha acabado de terminar um namoro de três anos com uma menina que ainda gostava dela.

Família
Meus pais já desconfiavam de Marina*, mas quando comecei a namorar Juliana*, minha mãe me perguntou: “Essa menina não é só sua amiga, certo?” Eu respondi que não. Mãe sente e, além disso, era nítido. Eu vivia suspirando, mas como não era um cara que me ligava todos os dias e sim uma menina, ficou óbvio!

Na hora, minha mãe engoliu em seco; depois, ela começou a se posicionar contra e começou o inferno. Acho que ela não se conforma com o fato de eu ter namorado dois meninos e agora estar com uma menina. Para ela é uma questão de escolha, mas não é!

Se fosse uma escolha, é claro que eu escolheria o lado mais fácil, ninguém opta pelo mais difícil. Não é fácil sofrer preconceito, não poder casar, nem adotar um filho que leve o nome do casal.

Minha mãe começou a me ameaçar dizendo que iria contar para o meu pai. Antes tivesse contado! Nós estávamos discutindo quando meu pai chegou à nossa casa e ouviu tudo. A reação dele foi muito melhor do que eu imaginava, mas minha mãe conseguiu fazer a cabeça dele.

Nesse meio tempo, comecei a namorar Bruna*. Sempre saía com ela e fazia questão de dizer a verdade, até que um dia meu pai me expulsou de casa e eu tive que sair com RG e passagem de ônibus no bolso. Voltei três dias depois para buscar minhas roupas e tudo o que ouvi foi “Demorou para vir buscar suas coisas!”

Se minha mãe não tivesse feito tanta pressão, acho que meu pai não teria feito o que fez; mas, como eles entraram em comum acordo, aconteceu tudo isso. Hoje, moro com uma das minhas melhores amigas, consegui um emprego muito bom e estou sobrevivendo.

Agora a situação está mais tranquila. Conseguimos conversar sem agressão. Falamos sobre tudo, menos sobre minha vida. Apesar de tudo, eles são minha família! Entendo que eles fizeram isso porque querem o meu bem. Claro que é o meu bem na visão deles, mas quem ama faz loucuras, então procuro não julgar nem guardar mágoas.

Eles não mudaram de opinião, mas agora me respeitam. Foi um acordo velado. É complicado alguém querer que eu mude, principalmente quando sei que não faço nada de errado. Eu não roubo, não mato, não uso drogas, eu só gosto de alguém do mesmo sexo que o meu.

Não tenho dó, nem ódio dos meus pais. Acho que, no fundo, eles se arrependeram do que fizeram e já me pediram para voltar para casa. É claro que a minha resposta foi não.

*Os nomes dos personagens foram trocados por questões de privacidade

The SuperOba!ma…

Barack Obama já é nome de rua numa cidadezinha na Espanha

06:30 Náquera é um vilarejo turístico de apenas 2 mil habitantes, localizada a 23 km de Valencia, na Espanha. Existe lá uma lei que exige que sejam removidas todas as referências a Franco – não só ao próprio, mas a qualquer um que tenha tido qualquer ligação com seu governo. Pois não é que as autoridades locais resolveram então trocar o nome da Calle José Antonio – que aparentemente tinha ligação com o ditador – por Calle Barack Obama? Assim, Náquera, na Espanha, conseguiu sair na frente e ser a primeira a homenagear o presidente recém-eleito dos EUA. A notícia é do Random Good Stuff.

Fonte: Blue Bus – http://www.bluebus.com.br

Acho realmente engraçada essa devoção ao Obama, sabe? Tudo bem: é o primeiro presidente americano de descendência mulçumana e negro. É o cara das mudanças na superpotência norteamericana. Mudanças que vão gerar mudanças e mais mudanças no mundo inteiro. Tudo isso é o que vem estampado nas capas dos jornais, revistas, folhetins, outdoors, bg’s e etc. Desde as pré-eleições os “prÓbamas” fazem discursos, levantam bandeiras e dão a cara a tapa. Preste atenção, não quero dizer que não acredito que o Obama seja o novo Messias da política, não é nada disso. É só que lá no fundo, bem no fundo, algo me diz que ele é humano e mais que isso, é americano. Pode ser uma linha de raciocínio estranha e até preconceituosa, mas o brio, ego e supremacia norteamericana nunca podem ser contestadas, não é? Acho sim Obama um homem muito mais flexível e preocupado com as criancinhas que passam fome na África, porém isso tudo é muito bonito e exercitável até que algo ou alguém vá contra os interesses estadunidenses. Aí meu amigo, a cobra fuma, a giripoca pia, a chapa esquenta e até Judas entrega Jesus. O único chefe de estado que leva “numa boa” que interfiram nos interesses de seu país é o nosso excelentíssimo Lula, que em nenhum momento tomou atitudes contra a nacionalização de empresas brasileiras na Bolívia e o aumento do gás natural. Tirando esse, que nem deveria ser citado, é muito difícil algum líder ir contra os interesses de sua nação por qualquer motivo ideológico do tipo: sou negro e pratico a antiviolência. Vamos falar hipoteticamente, e se… De hoje pra amanhã ocorressem todas as catástrofe naturais previstas pelos ambientalistas? E os Estados Unidos ficassem sem combustível, o que iria acontecer? Um pedido de: “pelo amor de deus, precisamos de petróleo para sobreviver?”, tenho certeza que não. Nessa hora, o primeiro passo seria buscar combustível em nações com poder defensivo menor. Pode ter certeza que não seria um empréstimo, iríamos voltar à era do “colonialismo de mercado”. Tudo bem, posso estar sendo superpessimista, mas… Pode acontecer! Não acho que qualquer pessoa possa ser inteiramente boa, ainda mais quando se é chefe da nação mais poderosa do planeta. É preciso muita ideologia e autocontrole para não deixar o poder subir a cabeça e se achar o dono do mundo – com nome de rua e tudo! Enfim, só acho que um pouco de cautela às vezes é MUITO bom. Nada conta o Oba!ma, só um pé atrás de bom grado.

The SuperOba!ma

The SuperOba!ma

Mais uma dose?

Não sei, mais uma dose?
É claro, eu tô sempre afim.
A noite nunca, nunca, nunca tem fim
Por que a gente é assim?

E agora?!
Agora fica comigo e não desgruda de mim, nunca mais
Vê se pelo menos me engole, me toma num gole só
Mas por favor, não me mastigue assim!

Canibais de nós mesmas,
Antes que a terra nos coma,
Cem gramas, sem dramas, sem choro
Por que a gente é assim?

Mais uma, só mais uma?
Tô sempre afim,
Nossa noite, nunca tem fim
Gata, por que a gente é assim, hein?

Você tem exatamente três mil horas pra parar de me beijar,
É meu amor, você tem tudo e mais um pouco, tudo
Pra me conquistar.

Você tem exatamente um segundo, só um segundo
Pra aprender a me amar,
e a vida inteira, inteira…
Pra me devorar.

Mais uma dose?

Mais uma?

Mais uma?

Arquivo de rabassallo: 24 de Fevereiro de 2008